
XNUTRIÇÃOX
Flower food
São bonitas e saborosas: as flores podem enriquecer muitas receitas através da cor e do sabor, e para tornar mais agradáveis os menus dos nove meses.

UMA UTILIZAÇÃO ANTIGA
O velho continente também possui tradição no uso culinário das flores. Talvez devido à curiosidade pela voracidade das abelhas em relação ao néctar, já na Idade Média, os cozinheiros mais refinados provaram receitas à base de flores, e eram muitos aqueles que as utilizavam para embelezar os pratos e conceder-lhes um sabor especial.
Mais tarde, a cozinha europeia seguiu outros caminhos e a utilização de flores ficou limitada às flores de curgete, à alcachofra e à couve-flor.
Não esqueçamos o ar absorto de Charles Chaplin, no filme Limelight (Luzes da Ribalta), quando apanha uma margarida e a cheira com embriaguez, e, após tirar um saleiro do bolso, tempera a flor para depois a comer. Esta cena diz muito sobre como a ideia de comer flores se encontrava muito distante da nossa cultura, até ao ponto de provocar espanto e hilaridade.
Foi necessário chegar até à extravagância da nouvelle cuisine para que o interesse voltasse a estar na mira dos gourmets e para que a curiosidade ascendesse a moda. Hoje em dia, o gosto pelas flores já invadiu gelatarias e pastelarias e é cada vez mais fácil encontrar bombons e doces de jasmim e violetas, assim como alguns restaurantes que servem excelentes combinações de queijos e flores.
PERMITIDAS NA GRAVIDEZ
As futuras mães também podem comer flores? Pois claro que sim: normalmente, a quantidade de flores utilizadas nas receitas não desequilibra o valor nutricional do prato. A intensidade do sabor é bastante diferente dos pratos elaborados com especiarias concentradas, que necessitam de especial atenção durante o período de gestação. Somente deve escolher as flores adequadas, evitando aquelas que são potencialmente nocivas e garantindo a sua qualidade na compra, tal como fazemos com a fruta e as verduras. É bom não esquecer que o feto é especialmente sensível à qualidade da alimentação materna.

QUAIS SIM E QUAIS NÃO
São muitas as flores que podem ser usadas na alimentação sem qualquer problema, e a primavera é a estação ideal para as saborear. O cravo: digestivo e estimulante do apetite, é excelente tanto na gelatina como também conservado em vinagre. O jasmim: muito bom como tonificante e um companheiro ideal para o peixe. Também dá um toque especial às sobremesas e pode modificar o azeite de forma absolutamente única.
O gerânio também possui propriedades tonificantes e vale a pena prová-lo em gelados, nos quais a alfazema e a calêndula também são perfeitas.
Caramelizadas? O jasmim, a prímula, a violeta, a rosa e os lilases.
Para saladas de flores seria quase necessário um capítulo: a capuchinha, o girassol e a margaridas são algumas das melhores, sem esquecer as pétalas de rosa.
Por último, devemos falar das flores cozinhadas, cujo exemplo mais conhecido são as flores de curgete, mas às quais já se uniram as flores de malva (excelentes com vegetais cozidos), o gerânio, a calêndula e a margarida, em sopas e guisados.
Perante tantas delícias é fácil esquecer que também existem flores prejudiciais, que é importante evitar, sobretudo quando se espera um bebé. As flores azuis do aconitum, por mais belas que sejam, contêm um alcaloide venenoso, e as anémonas, tão coloridas, provocam enjoos e dor de cabeça. A beladona, usada na homeopatia, torna-se tóxica quando utilizada nas quantidades culinárias habituais para outras espécies, assim como a camélia e o ciclame. Por último, as flores de loendro são completamente proibidas, inclusive em pequenas quantidades, assim como a poinsétia e a azaleia; igualmente tóxicas.
FAZER AS COMPRAS… NO CAMPO
O melhor conselho que se pode dar a quem pretende cozinhar com flores é o de que as obtenham em cultivo próprio, seja da varanda da casa, da montanha ou do campo. Para as saborear com todo o seu aroma, as flores devem ser colhidas ainda fechadas, de manhã, quando mantêm a humidade do orvalho. Devem estar intactas e, ao esfregar uma pétala entre os dedos, devem soltar um perfume intenso. Já em casa, elimine os caules e deixe as flores dentro de uma taça com água e gelo enquanto não as cozinha. Se não encontra melhor solução do que uma florista, é importante que seja um especialista de confiança.

XRECEITAS FLOWER
Massa com molho de flores de alfazema
Primeiro limpar três alcachofras (para quatro pessoas), eliminar as folhas externas e as partes mais duras e depois cortar em rodelas finas. Pouco a pouco, colocar as rodelas numa taça com água e limão para evitar que fiquem pretas. Escorrer e saltear numa frigideira com um fio de azeite e um pouco de caldo de verduras durante 10 minutos.
Entretanto, cozer a massa (320g) em água abundante e a ferver. Quando estiver cozida (al dente), escorrer e saltear durante uns minutos juntamente com as alcachofras. Polvilhar generosamente com queijo parmesão ralado. Finalmente, deitar a massa temperada num tabuleiro e cobrir com flores de alfazema bem lavadas e secas.
Risotto de rosa-mosqueta
Numa frigideira, refogar 100gr de cogumelos com a mesma quantidade de cebola cortada pequenina. Depois juntar o arroz (250gr para quatro pessoas), regar com um copo de vinho branco seco e cozer com um bom caldo. Após dez minutos, juntar duas mãos generosas de pétalas de rosa-mosqueta limpas e terminar de cozinhar. Para obter a consistência do risotto, é conveniente adicionar duas colheres de nata líquida, queijo parmesão em abundância e um pouco de cebolinho picado.
Frango com capuchinhas
Cortar dois peitos de frango em quatro fatias e marinar durante uma hora com sumo de dois limões e quatro cebolinhos cortados finos, quatro colheres de azeite virgem e pimenta, Juntar 300gr de tomate-cereja e deixar repousar mais uma hora. Dourar o frango numa frigideira, escorrer e colocar num tabuleiro de forno com a marinada e os vegetais. Levar ao forno a 180º e servir com os vegetais. Decorar com capuchinhas.
Doces com prímulas
Esmigalhar 150gr de bolacha seca e triturar juntamente com as pétalas de 50 prímulas. Depois, bater 400gr de natas e adicionar a mistura de bolachas e flores. Juntar bem e colocar a massa numa panela para cozer. Quando começar a ferver, retirar do lume e deixar arrefecer. Juntar quatro gemas de ovo, uma a uma, e mexer. Juntar 100gr de açúcar e voltar a misturar bem. Deitar a massa numa travessa de forno, previamente untada com manteiga e polvilhada de farinha. Levar ao forno, a 180º, durante cerca de 30 minutos. Servir frio, decorado com natas batidas e pétalas de prímula.
XSAÚDEX Doença celíaca: as respostas às suas dúvidas Existe um novo exame que permite identificar precocemente a predisposição para esta doença, mas, de qualquer modo, para ser controlada é necessário seguir uma dieta sem glúten durante toda a vida. A doença celíaca cada vez se conhece melhor e, precisamente por isso, também aumentaram os medos da mãe em relação à entrada do glúten nas primeiras papas do bebé. Trazemos-lhe os conselhos dos especialistas para a prevenção e o diagnóstico precoce, graças a um novo exame. Nasce-se celíaco? Então, a doença celíaca pode aparecer imediatamente a seguir ao início do desmame? Quais os fatores que podem propiciar o aparecimento da doença? Quais são os principais sintomas da doença celíaca? É possível sofrer de intolerância ao glúten sem ter a doença celíaca? Existe um teste para o diagnóstico precoce em crianças? Quais as regras básicas que devem seguir as crianças com doença celíaca? As crianças celíacas desenvolvem outras doenças com mais facilidade? Existem doenças que podem despoletar a doença celíaca? Uma vez eliminado o glúten, é necessário tomar outras precauções na dieta da criança? Sinta-se melhor!

Não, a doença celíaca não se manifesta no nascimento, mas pode existir uma predisposição genética para a desenvolver, devido à presença (na superfície dos glóbulos brancos) do antigénio de histocompatibilidade HLA-DQ2 e/ou DQ8, indispensáveis para o desenvolvimento da doença celíaca.
Pode-se ser celíaco a qualquer idade, mais frequentemente no período posterior ao desmame, mas também durante a adolescência, na idade adulta e, inclusive, na terceira idade. Assim o demonstram os estudos efetuados a familiares de primeiro grau de pacientes celíacos: em alguns casos a doença apareceu aos 70 anos.
Sim, em geral aparece por volta dos 12-15 meses, mas também se pode manifestar no início do desmame, próximo dos seis meses. Para os bebés com predisposição genética, a amamentação prolongada representa um excelente fator de proteção, juntamente com a introdução precoce de glúten, a partir dos seis meses e em pequenas quantidades, quando a lactância ainda está em curso. Existem vários estudos que parecem confirmar a ação protetora da introdução precoce do glúten em pequenas quantidades, graças a um mecanismo de dessensibilização oral, em pessoas com risco de desenvolvimento da doença celíaca.
A doença celíaca é uma doença autoimune, ou seja; significa que se relaciona com uma reação do sistema imunitário ao glúten, quando a substância entra em contacto com uma enzima presente no nosso intestino, e em muitos outros órgãos. No entanto é também uma doença provocada por múltiplas causas: alguns fatores ambientais podem ter um papel determinante no seu despoletar em pessoas com predisposição genética. Em primeiro lugar estão as infecções, como aquelas que advêm dos rotavírus, adenovírus e outras estirpes virais. As gastroenterites de origem bacteriana, surgidas após viagens a países com condições higiénicas limitadas, e as infecções de origem parasitário.
Entre os fatores ambientais responsáveis, é preciso lembrar a etapa do puerpério. Inclusive depois de uma gravidez normal em mulheres com predisposição genética, a doença pode surgir neste período tão vulnerável.
Finalmente, um estado de stress relacionado com um grande desgosto, como nos casos de morte de alguém muito próximo ou o luto de uma separação, ou mesmo uma operação, podem contribuir para desencadear a doença celíaca.
Quando as crianças são muito pequenas, o quadro dos sintomas abdominais pode estar ausente, já que até aos dois ou três anos o glúten quase não existe na sua alimentação. O sintoma mais indicativo é um alentecer do crescimento: o maior problema relacionado com a doença celíaca infantil, que provoca uma má absorção geral das vitaminas e dos sais minerais. A partir dos dois ou três anos, quando a alimentação é semelhante à dos adultos, os sintomas são principalmente intestinais: diarreia, prisão de ventre e fezes semilíquidas. Se os problemas são frequentes e contínuos, é preciso tomar medidas. É importante intervir precocemente com uma dieta específica, tanto se os sintomas estão relacionados com a doença celíaca como se dependem de uma alergia alimentar.
Sim, nestes casos fala-se de sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC). Uma realidade científica reconhecida num número, cada vez maior, de pacientes.
Os sintomas são semelhantes aos da doença celíaca e, uma vez que o glúten desaparece da dieta, voltam a manifestar-se. Trata-se de um diagnóstico por exclusão, ao qual se chega após desconsiderar a presença de outras patologias, como a doença celíaca ou a alergia ao trigo.
Apesar de haver vários estudos em desenvolvimento sobre este assunto, ainda é necessário comprovar vários parâmetros, por exemplo: saber se o glúten é o responsável, e não outras proteínas do trigo, pelo despoletar dos sintomas que costumam ser gastrointestinais (dores abdominais, inchaço, diarreia ou prisão de ventre e refluxo gastroesofágico) e extra-intestinais (cansaço crónico, mal-estar geral, cefaleia, dores articulares e musculares, braços e pernas adormecidos, eritemas e confusão após as refeições).
Nas crianças, a sensibilidade ao glúten não celíaca é pouco comum e não facilmente diagnosticável, já que alguns sintomas neurológicos (como o adormecimento dos membros ou a confusão mental) são difíceis de avaliar nos mais pequeninos.
Uma equipa de investigadores do Instituto Gaslini de Génova, em Itália, elaborou uma prova, em colaboração com a Universidade de Verona, que permite diagnosticar a doença celíaca muitos anos antes de que se apresentem os seus sinais clínicos ou de laboratório. Esta prova identifica a presença de anticorpos dirigidos contra uma proteína do rotavírus, que surge unicamente em pessoas celíacas, inclusive dez anos antes de que a doença apareça. No entanto, é necessário cautela; se a criança obtém um teste positivo, não significa que sofra a doença celíaca, mas sim que existe a possibilidade de a desenvolver. Como tal, é preciso fazer esta análise duas vezes por ano. O teste de diagnóstico precoce consiste numa análise de sangue, mas apenas é indicado para pessoas de risco derivado de pré disposição familiar, ou pela existência de outras doenças, como a diabetes tipo 1.
O perigo principal são as pequenas quantidades de glúten ingeridas diariamente. Se a etiqueta não mencionar a sua ausência, deve evitar os alimentos produzidos em estabelecimentos onde também se elaboram outros alimentos com glúten, como os rebuçados ou os sumos de fruta. Neste sentido, os educadores têm um papel fundamental, já que devem vigiar a dieta sem glúten de que estas crianças necessitam.
Também é necessário estar alerta com as massas de moldar para crianças; é preferível escolher o barro ou a argila do que aquelas que contêm glúten. Não obstante, a absorção desta substância através da pele é irrelevante, o único risco é o de que a criança leve as mãos à boca depois de brincar com este tipo de produto.
Não é necessário preocupar-se com os produtos de higiene: a sua absorção é tão reduzida que não implica qualquer risco.
Iniciada a tempo, a dieta sem glúten é o instrumento que garante à criança celíaca uma evolução corporal completa, sem alterar o seu crescimento e sem interferir no desenvolvimento do sistema esquelético.
Esta alimentação também protege contra outras doenças, especialmente as doenças autoimunes, a proteção é tanto maior quanto mais cedo for efetuado o diagnóstico de doença celíaca e quanto mais rapidamente se iniciar a dieta.
Este é o caso da diabetes mellitus autoimune (diabetes de tipo 1): o consumo de glúten num paciente celíaco pode contribuir para desencadear a doença. Porém, os estudos também indicam que, uma vez que a substância for eliminada da alimentação, após alguns meses de dieta, o celíaco fica protegido contra o desenvolvimento da diabetes.
Por outro lado, existe outra doença relacionada com a doença celíaca que não é controlada com restrições alimentares, trata-se da tiróide autoimune de Hashimoto , que pode surgir muitos anos depois de ter seguido uma alimentação sem glúten.
Efetivamente. Em média: 5% dos pacientes diabéticos; 4% das pessoas com patologias hepáticas autoimunes; e 3% das pessoas que sofrem da tiróide também têm a doença celíaca. O mesmo se verifica em outras doenças de adultos, como a síndrome de Sjögren (doença do tecido conjuntivo que se carateriza por secura ocular ou oral, assim como artrite), que podem criar predisposição à doença celíaca.
Para garantir que a criança não sofre uma carência de vitaminas e sais minerais, é recomendável efetuar um controle periódico destes níveis. Quando a dieta não é suficiente, especialmente na pré-adolescência, pode ser necessário administrar complementos vitamínicos, sobretudo aqueles que contêm zinco, magnésio, sais minerais e vitaminas B e D.
Após o parto, o organismo da recente mãe passa pela fase de recuperação. Vejamos de perto, o que sucede.
Depois de dar à luz, o corpo da mãe volta, pouco a pouco, às suas proporções anteriores, e o funcionamento dos órgãos vê-se normalizado.
A única coisa que parece não fazer este percurso de “marcha atrás” é o peito, que, pelo contrário, aumenta e se prepara para alimentar a criança.
Talvez o desconheça, mas entrou no puerpério, esta é uma fase delicada e, em alguns aspetos, misteriosa, na qual o organismo passa por grandes alterações a fim de reencontrar o seu equilíbrio natural. Esclareça cada uma das suas dúvidas através das respostas dos nossos especialistas.
XTESTX Conectada com a sua barriga? A linguagem corporal consegue expressar mais do que algumas palavras, e, durante a gravidez, explica como se prepara cada um de nós para ser pai e mãe. Descubra que tipo de futura mãe será. 1. Quando soube que estava grávida, o que fez às suas calças de ganga preferidas e super justas? 2. Começou a ver se a barriga crescia em frente ao espelho: 3. A primeira peça de roupa que comprou para a sua gravidez foi: 4. Quando pousa as suas mãos na barriga, fá-lo: 5. Esforça-se por manter a mesma forma de andar que tinha antes? 6. Quando olham a sua barriga na rua, sente-se: 7. Se o tempo assim o permitir, para fazer uma caminhada, levaria uma t-shirt bem curta para deixar a barriga à mostra? 8. Quando fica quieta, de pé, tende a: 9. Se o seu companheiro apoia as mãos sobre a sua barriga enquanto está a ler ou a ver televisão: 10. Se alguém lhe pergunta se pode tocar a barriga porque “dá boa sorte”, sente-se: >>RESULTADOS: MAIORIA A: AINDA NÃO ACREDITA MAIORIA B: CHEIA DE ALEGRÍA MAIORIA C: ORGULHOSA

A > Continuou a usá-las, tal como fazia antes de saber que estava grávida.
B > Ainda as usa mas com o primeiro botão desapertado.
C > Guardou-as numa gaveta e disse-lhe adeus até depois do parto.
A > Por volta das 12 semanas.
B > No mesmo dia em que fez o teste de gravidez.
C > Quando fez a primeira ecografia.
A > Uns leggins.
B > Umas calças de ganga largas.
C > Uns sapatos confortáveis.
A > Sem dar conta.
B > Premeditadamente.
C > Conscientemente.
A > Sim, costuma fazê-lo: detesta a típica maneira de andar das grávidas.
B > Claro que não: gosta de parecer um “pato”.
C > Não, anda como o fazia antes.
A > Invadida.
B > Invejada.
C > Admirada.
A > Não, não gosta do que é excessivo.
B > Sim, é bonito ver-se a barriga.
C > Depende da ocasião: talvez na praia, sim.
A > Manter as costas bem direitas.
B > Manter a barriga bem para a frente.
C > Não faz nada de especial.
A > Continua a fazer a sua atividade.
B > Abraça-o.
C > Põe as suas mãos sobre as dele.
A > Desconfortável.
B > Eufórica.
C > Omnipotente.
Demorou algum tempo a reconhecer que essa barriga que crescia era a sua, mas não é a única que sentiu essa confusão inicial. Muitas futuras mães sentem insegurança perante as alterações que o seu corpo vai sofrer ou pelo menos até terem consciência de que o bebé que está em desenvolvimento é real.
Muitas mulheres não se dão conta que a sua gravidez realça a beleza feminina. Mas agora, que já o sabe, certamente já percebeu que o seu novo perfil arredondado a faz sentir-se transportada, gosta de atrair os olhares das pessoas com quem se cruza, com a ternura especial reservada para as mulheres grávidas. Certamente, quando o seu bebé nascer irá sentir uma certa nostalgia pela barriga que desapareceu.
Gosta de ter barriga, traz-lhe alegria e até os mais distraídos notam isso, basta apenas olhá-la. Desde o primeiro momento em que a barriga se começou a notar teve a sensação de se ter convertido numa pessoa muito especial, mais completa e mais forte. A barriga fá-la sentir-se invencível e deseja que todos, absolutamente todos, a vejam. De modo que não faz nada para a ocultar. Pelo contrário, inclusive na primeira época da gravidez, fez todo o possível para que se notasse com a ajuda da roupa.
A relação alegre e despreocupada que tem com a sua barriga, deixa pensar que no futuro terá outras barrigas, recebidas com a mesma alegria. É que, estar grávida parece ser o seu estado natural.
A barriga permite-lhe saborear a essência do feminino. Sente-se diferente, preparada para enfrentar o mundo, como se tivesse um troféu do qual se sente orgulhosa e que lhe apetece mostrar sem qualquer pudor: aí dentro está o seu filho e não pode deixar de pensar nesta realidade durante todo o dia, mesmo que às vezes lhe pareça um sonho. Ainda assim, não há ostentação na sua atitude: transporta a sua barriga com elegância e naturalidade, como se sempre o tivesse feito e fosse a parte mais integrante de si própria, não apenas do ponto de vista físico, mas também emocional.
Gosta tanto da fase da gravidez que, apesar do desejo de conhecer o seu filho saboreia cada dia destes meses maravilhosos.
XPUERPÉRIOX Sinta-se melhor! Depois de dar à luz, o corpo da mãe volta, pouco a pouco, às suas proporções anteriores, e o funcionamento dos órgãos vê-se normalizado. A única coisa que parece não fazer este percurso de “marcha atrás” é o peito, que, pelo contrário, aumenta e se prepara para alimentar a criança. O QUE É E QUANTO DURA O PUERPÉRIO? O QUE SAO OS LÓQUIOS? PORQUE É QUE O INTESTINO SE TORNA MAIS PREGUIÇOSO? QUANTO TEMPO É NECESATIO PARA RECUPERAR A LINHA? COMO SE MODIFICA O ÚTERO? QUANDO É QUE OS GENITAIS VOLTAM AO NORMAL? PODE HAVER RELAÇÕES SEXUAIS? QUANDO CONSULTAR O MÉDICO TRUQUES PARA RECUPERAR A FORÇA OBRIGADO POR LER
Após o parto, o organismo da recente mãe passa pela fase de recuperação. Vejamos de perto, o que sucede.
Talvez o desconheça, mas entrou no puerpério, esta é uma fase delicada e, em alguns aspetos, misteriosa, na qual o organismo passa por grandes alterações a fim de reencontrar o seu equilíbrio natural. Esclareça cada uma das suas dúvidas através das respostas dos nossos especialistas.
Por consenso, denomina-se puerpério ao período de seis semanas posteriores ao parto.
• Inicia-se imediatamente após o parto, com a expulsão da placenta, num espaço de tempo que pode ser de dez minutos a uma hora. Termina ao fim de 40 dias (ainda que possa chegar a 80 dias) com o reaparecimento da menstruação.
• Se a recente mãe não dá o peito, por volta dos 40-50 dias, os ovários voltam ao seu funcionamento normal e, como tal, a mulher pode engravidar novamente. Se amamenta, o bloqueio da atividade ovárica pode prolongar-se e fornecer uma ação anticoncetiva, ainda que esta não seja totalmente garantida.
São perdas de sangue que surgem imediatamente após o parto devido à separação da placenta. Tal como as contrações, permitem que o útero se liberte dos coágulos de sangue, da mucosa uterina, dos resíduos da placenta e da decídua (a mucosa uterina que se modifica durante a gravidez, para permitir que o óvulo fecundado seja implantado), e contribuem para reestruturar o revestimento natural do útero.
• Os lóquios são produzidos durante cerca de 40 dias (ainda que possam chegar, inclusive, a 70 ou 80 dias). Com o tempo diminuem e modificam-se, passando de uma consistência hemática, típica das primeiras semanas, a um estado mais líquido e claro, que anuncia o fim do puerpério.
O consumo de energia e a perda de substâncias (como o cálcio e o fósforo) que ocorrem durante o parto podem dificultar as primeiras 48 horas do peristaltismo, ou seja, os movimentos intestinais de contração diminuem.
• A partir do terceiro dia a situação tende a regularizar-se espontaneamente, sem ser necessário recorrer a clisteres. Por vezes pode ser útil beber um copo de água morna ou uma chávena de caldo de verduras ligeiramente salgado.
Com o nascimento e a expulsão do líquido amniótico e da placenta, perde-se entre 4 e 5Kg. No entanto, durante as primeiras semanas pode recuperar cerca de dois quilos, devido ao aumento da retenção hídrica, e criar uma “reserva” de líquidos para a chegada do leite. Estes quilos serão eliminados com facilidade, já que a lactância implica um grande esforço físico que favorece a perda de peso.
• Ao fim de 8-10 semanas, a mãe emagrece mais 4-5Kg, e entre o terceiro e o sexto mês após o parto, pode perder ainda mais peso.
• Um dia depois do parto, o útero (o “berço” que acolheu o feto durante a gravidez) já sofre uma redução: mede entre 18 e 20cm de comprimento e pesa por volta de um quilo.
• Uma vez que a criança nasce, dá-se uma série de contrações abdominais, no início incómodas mas totalmente imperceptíveis ao fim de alguns dias, que contribuem para a recuperação das dimensões originais do útero; entre 7 e 8cm.
• A partir do quinto dia, o útero reduz-se diariamente entre 1-2 centímetros, chegando a pesar uma média de 60-90g no final do puerpério.
• O colo do útero também recupera gradualmente, passando dos 10-12cm de abertura (necessários para a passagem do bebé no parto) até aos habituais 3-4mm.
Graças à ação das hormonas, três meses depois do parto, o aparelho genital prepara-se para que a criança saia: a vulva aumenta de tamanho e a vagina começa a dilatar de modo quase imperceptível.
• Isto provoca uma sensação de inchaço e de “abertura”, que se faz sentir incluindo duas semanas após o parto e que se converte em algo incómodo. No entanto, durante os dias seguintes, surge uma sensação de “vazio” provocada pela descida da quantidade de hormonas, cuja produção cessa ao expulsar a placenta.
• Aos 40-50 dias depois do nascimento, a vagina recupera a sua elasticidade natural. Também reaparece o muco cervical; um sinal claro de que a secreção hormonal está em recuperação e, como tal, já pode ser concebido outro bebé.
• Devido à presença dos lóquios, não é aconselhável manter relações sexuais durante os 15-20 dias seguintes ao parto, especialmente se fez uma cesariana. Mais ainda, dado que o funcionamento dos ovários se vê bloqueado, o canal vaginal, que ainda não voltou à normalidade, pode estar mais fino e seco e tornar as relações mais dolorosas, e, por consequência, tornar-se mais susceptível a infecções.
• Se a recente mãe sofreu uma episiotomía, a dor também pode, naturalmente, inibir a atividade sexual.
• A higiene íntima está diretamente relacionada com a sexualidade, por este motivo é preciso respeitar regras higiénicas rigorosas durante todo o puerpério: a mãe pode tomar um banho rápido ou um duche com água morna a partir do segundo dia depois de dar à luz. No entanto, as piscinas são algo completamente proibido até finalizar o puerpério.
• Para permitir a cicatrização dos tecidos internos da vagina apenas precisa de limpar as zonas externas, utilizando produtos neutros, ligeiramente desinfetantes ou produtos naturais como a calêndula, a camomila e o chá. Para prevenir as infecções, é necessário evitar as lavagens vaginais e os tampões.
Muitos dos problemas típicos do puerpério aparecem durante os dias seguintes ao parto, quando a mãe ainda se encontra sob observação na clínica ou no hospital.
Porém, uma vez que volta a casa, podem surgir outros sintomas, que não devem ser subestimados. Vejamos quais os casos em que é necessário consultar o médico ou em que deve dirigir-se às urgências:
• Inflamação e dor na pélvis.
• Aparecimento de protuberâncias ou cortes no peito.
• Febre superior a 38 ºC durante mais de 24 horas consecutivas.
• Aumento do fluxo dos lóquios, presença considerável de coágulos ou com cheiro desagradável.
• Dor lombar forte ou mição dolorosa.
Tente dormir um pouco entre uma toma e a seguinte.
• Não exija demasiado de si própria e, especialmente, não tente fazer tudo sozinha.
• Aceite ajuda nas tarefas domésticas como a limpeza da casa, tratar da roupa e das compras, etc.
• Fale com as pessoas mais próximas sobre as suas dúvidas e receios.
• Recorde que a fragilidade emocional que sente durante este período é passageira e completamente natural.
O MEU BEBÉ
Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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